Não é que seu cabelo não seja no corte que eu sonhei. Nem foi sua
regata que me afastou. Não foram seus amigos, seu jeito, a ligação que
você demorou tempo demais a fazer. Relevei tudo isso porque você me
tinha tão na mão. Eu estava pronta para tudo com você – menos para o seu
“ancioso”.
Foi aí que veio o Facebook. E eram tantos erros que eu fechei sua
página antes mesmo de ler toda a sua timeline. Veja bem, eu encararia
numa boa seu celular desligado, suas ex-namoradas no seu pé e até sua
dificuldade em ser fiel. A gente superaria isso juntos. Mas não deu para
encarar o “concerto do seu computador”, o “encômodo” que você causava,
muito menos a “conhecidência de termos nos conhecido”. Nunca mais queria
uma coincidência dessa na minha vida.
Não lhe pedi muito. Não queria declarações com ênclises, mesóclises e
próclises nos lugares certo. Não lhe pedi que usasse o pronome correto,
respeitasse a concordância nominal, nem sequer que realizasse bom uso
da crase. Tudo isso eu perdoava, que seria de nós se nos prendêssemos às
regras intermináveis do português? Mas você me apareceu com um “vossê” e
meu coração parou. E não de um jeito bom.
Entenda, não foi seu gosto musical. Não foram as baladas que você
frequentava, seu jeito de me abraçar e seus sumiços. Não foi beijo
insosso nem foi falta de química. É, não foi, com certeza, falta de
química ou física. Foi a falta do português. Da próxima vez, meu bem,
conquiste-me com um dicionário. Porque, em todos os sentidos, uma língua
bem usada é afrodisíaco.
Do Blog Casal sem vergonha
2 comentários:
Estou tão bem, mas mesmo assim velho aqui lhe desejar um Feliz Natal para vc., o Drzão maridão e os filhos...rsrsrs
Feliz Natal querida!
eu tenho marido e filhos???
oO
é um desejo para o futuro???
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