Te apresento aquela amiga linda, simpática e legal. Falo que ela anda reparando em você. Nós não temos nada. Nada mesmo. É legal quando a gente se pega. Você sempre me faz rir, até quando me faço de brava. Mas nós somos amigos e não dá pra estragar algo assim. Tipo, não seria a mesma coisa. A gente. A galera. Estragaríamos tudo. Estragaríamos todas as memórias divertidas de sábados a tarde regados a álcool e histórias hilárias.
Então... Tem essa minha amiga. Ela super-gente-boa, e ela falou que gostou de você... E eu fiquei ouvindo e lembrando quando a gente ficou pela primeira vez, e meio do nada, meio, que eu não sabia porque eu tava de beijando, mas que eu gostei do teu beijo. Do sexo bom. Da conversa leve pós-foda.
Bom. Mas não tô pra falar de nada disso. As coisas continuam iguais. A gente continua amigo. E você até gostou da minha amiga, ela é gata e tal. E eu sou sua amiga, amigas fazem isso certo? Mas a verdade, é que é uma droga que eu sou sua amiga e tento posar de descolada, desisteressada e tal, porque eu tô morrendo de ciúmes. Era pra você dizer que não queria. Pra dizer que tava com saudade de ficar comigo. Pra dizer que não tem porquê eu te apresentar outra garota. Mas você não disse nada disso. E a gente continua amigo, certo? Ok. A gente é amigo.
Letras ...*... Tortas