“Já pensei em recuar, bom, na verdade, eu aceitei essa ideia.
Você sabe que as coisas estavam difíceis e foi você mesma quem dificultou, por
querer, presumo. Vive amargando e levando ao pé da letra isso de “Não se apega,
não.” da Isabela Freitas, e sinceramente? Como isso me estressa. Não que ela
esteja errada, mas é só que, não precisa disso, não comigo. Sabe aquela frase
super clichê que sempre aparece por ai em textos, músicas e afins: “deixa o
tempo dizer”? Com você não funciona nem de longe.
A questão é que, eu poderia escrever umas 30 linhas sobre o que
eu odeio em você, sério, são muitas coisas, mas o mais engraçado de tudo é que
se eu escrevesse 30 linhas sobre o que eu odeio, eu estaria escrevendo 30
linhas sobre o que eu gosto, porque de um jeito meio ou totalmente maluco eu
gosto dos seus defeitos. Seus defeitos são perfeitos. E olha, isso não faz
sentido algum. Tá vendo o que você causa na minha cabeça?
Eu juro que tentei dar um basta, alienar meus instintos e mandar
aquele belo, lindo e eterno foda-se, mas não deu muito certo. E isso me
dá raiva. Você me prendeu assim de um jeito meio mágico que nem você mesma
queria e também nem sabe como fez, mas fez.
Você é linda e meiga, mesmo que de um jeito bruto. Seus traços?
Bom, você é perigosamente atraente. Olhando-te é fácil chegar à conclusão que
Deus desenha melhor que Da Vinci, Picasso e van Gogh, todos juntos. E também é
visível que ele te deu uns retoques a mais. Seu cabelo vive bagunçado, sabia?
Eu percebo isso facilmente, porque eu simplesmente amo o seu cabelo. E
sabe quando fica louca tentando arrumá-lo? Então, seu charme está todo ai.
Você curte algumas músicas muito nada a ver, mas o mais estranho
é que me convence de que elas são boas e se forem olhar minha playlist, é, elas
estão lá. E isso também me dá raiva. Você me influencia, e eu
gostaria muito de saber como. E no meio desse mar de características o que mais
me impressiona é sua inteligência. Nossa! Como ela me encanta e me deixa doido.
Gostas de ler, o que não bate comigo, mas o incrível é que
gostou do que eu escrevi, mesmo não sabendo que era para você. E confesso que
isso me deu um pouquinho a mais de esperança. E talvez lendo isso agora a
senhorita possa parar e pensar “não posso dar corda”, e eu vacilão, sabendo
disso continuo a escrever… Ah, mas quer saber? Eu gosto de escrever sobre
e para você. Não me culpe! Ninguém mandou nascer assim, tão complicada e
perfeitinha.
Eu te olho demoradamente todo santo dia e não consigo achar um
motivo se quer para não te adorar. Admiro-te nos detalhes. Na forma em que
sorri e também naquele seu olhar que diz: “larga de ser idiota, Felipe.” E
nossa! Como eu gosto do seu rosto quando faz isso.
Você é de longe a pessoa mais interessante que eu já conheci e
tentar te descobrir por inteira é o que me fascina tanto. E se eu pudesse
colocar uma música de fundo, bem baixinha, só para um fazer som ambiente,
quando nós dois estivermos juntos, com certeza seria: Eu Te Amo de Chico
Buarque.”
“…Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir…”
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir…”
Felipe Fernandes
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