Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem
tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três
ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante,
pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no
fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e
virou utopia.
Caio Fernandes de Abreu
PS: já está tudo encaminhado: as férias, o porre e todo o resto!
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